O autismo é uma condição do desenvolvimento que afeta principalmente três áreas: a comunicação, a interação social e os comportamentos repetitivos. Para algumas pessoas, esses desafios podem parecer pequenos, mas, para outras, podem interferir bastante na rotina. É importante lembrar que o autismo não é uma doença. Ele não tem "cura" porque não é algo a ser consertado, mas sim entendido.
As características do autismo podem incluir:
Dificuldade em manter conversas ou entender regras sociais.
Preferência por rotinas fixas e comportamentos repetitivos, como balançar as mãos ou organizar objetos.
Sensibilidade a estímulos sensoriais, como barulhos altos ou luzes muito fortes.
Hiperfoco em temas ou atividades específicas, como astronomia, música ou videogames.
Cada pessoa no espectro tem sua própria forma de viver o mundo, e é isso que torna o autismo tão único.
Os primeiros sinais geralmente aparecem na infância, mas isso pode variar bastante. Algumas crianças mostram sintomas antes dos dois anos, enquanto outras só são diagnosticadas mais tarde, na adolescência ou na fase adulta.
Na infância:
• Atraso no desenvolvimento da fala.
• Pouco interesse em interagir com outras crianças.
• Gosto por brincar sempre da mesma forma ou dificuldade em lidar com mudanças na rotina.
Na adolescência:
• Dificuldade em formar e manter amizades.
• Sensação de isolamento ou "não pertencimento".
• Intensidade em interesses específicos, como colecionar algo ou estudar um tema por horas.
Na fase adulta:
Desafios em ambientes sociais, como reuniões ou eventos familiares.
Preferência por atividades que possam ser feitas sozinho.
Descoberta tardia do diagnóstico, o que ajuda a explicar dificuldades vividas ao longo da vida.
Se você observa essas características em alguém próximo ou em si mesmo, buscar a ajuda de um neurologista ou psicólogo pode fazer toda a diferença.
Sim, o autismo é dividido em níveis, que ajudam os profissionais de saúde a entender a intensidade dos desafios e o tipo de suporte necessário.
Nível 1 (leve): A pessoa precisa de pouco apoio e consegue lidar com algumas situações sociais, embora com esforço. Esse tipo de autismo é, muitas vezes, diagnosticado só na adolescência ou na idade adulta.
Nível 2 (moderado): A necessidade de suporte é maior, já que as dificuldades em comunicação e comportamento afetam bastante a rotina.
Nível 3 (severo): Aqui, a pessoa depende de ajuda constante, pois os desafios são significativos e impactam diretamente a independência.
O diagnóstico é feito por profissionais especializados, como neurologistas. Não existe um exame de sangue ou de imagem que detecte o autismo. O diagnóstico é baseado na observação de comportamentos e no relato de familiares.
Em alguns casos, o autismo só é identificado na fase adulta, especialmente em pessoas com sintomas mais leves. Isso pode trazer tanto alívio quanto desafios: alívio por finalmente entender a si mesmo e desafios por reconhecer que o apoio poderia ter vindo antes.
Sim, o autismo é classificado como uma deficiência, mas é importante não enxergar isso de forma limitada. Muitas pessoas no espectro autista têm talentos e habilidades incríveis. Algumas apresentam outras condições associadas, como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou altas habilidades, o que chamamos de dupla excepcionalidade. Outras podem ter deficiência intelectual ou transtornos de comportamento, como o TOD (Transtorno Opositivo Desafiador). Cada caso é único e merece uma abordagem personalizada.
O que muita gente chama de "birra" pode, na verdade, ser uma crise causada por sobrecarga sensorial ou dificuldade em expressar sentimentos. Aqui vão algumas dicas para lidar com esses momentos de forma mais tranquila:
Entenda o motivo: A crise pode ser uma resposta a um ambiente muito barulhento, mudanças inesperadas ou até cansaço.
Ofereça conforto: Às vezes, um abraço ou um lugar tranquilo ajuda muito.
Evite punições: A criança não está "fazendo de propósito". Ela está apenas reagindo ao que sente.
Peça ajuda profissional: Terapias comportamentais podem ensinar a criança e a família a lidar melhor com essas situações.
O diagnóstico de autismo em adultos tem se tornado mais comum, especialmente em pessoas com sintomas leves. Muitos adultos relatam que o diagnóstico tardio os ajuda a entender dificuldades que enfrentaram ao longo da vida, como relações interpessoais ou adaptação no trabalho.
O tratamento, nesse caso, é voltado para melhorar a qualidade de vida. Pode incluir terapia para desenvolver habilidades sociais e apoio psicológico para lidar com os desafios do dia a dia.
Falar sobre autismo é uma forma de combater preconceitos e aumentar a inclusão. Cada pessoa no espectro é única, com habilidades e potenciais que podem ser estimulados e valorizados.
Se você tem dúvidas ou precisa de orientação sobre o Transtorno do Espectro Autista, o Dr. Fabiano de Oliveira está aqui para ajudar. Seja na busca por um diagnóstico ou no acompanhamento adequado, você pode contar com um atendimento humanizado e especializado. Afinal, entender é o primeiro passo para acolher.